19 3871 0546 / 3869 5654
casadacriancavalinhos@hiway.com.br

VALINHOS

Almoço Árabe da Casa da Criança une sabor, empatia e solidariedade

Reunir a família e amigos em um almoço repleto de aromas e sabores que aquecem a alma, enquanto você participa de um gesto solidário que faz a diferença. Essa é a proposta do tradicional “Almoço Árabe da Casa”, que será realizado no dia 26 de outubro, pela Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos, um evento que vai muito além da gastronomia: é uma forma de transformar uma refeição em um ato de empatia e cuidado com o próximo.

Inspirado na cultura árabe, conhecida por valorizar a partilha e a convivência ao redor da mesa, o cardápio foi preparado com carinho pelos voluntários da Casa, oferecendo uma verdadeira viagem culinária. O menu inclui coalhada seca, homus, babaganoush, tabule, kibe assado vegetariano, kaftas grelhadas, arroz com lentilhas e cebola caramelizada, pães sírios fresquinhos e, como sobremesa, um delicioso manjar árabe. As porções foram pensadas para servir duas pessoas com fartura, proporcionando momentos especiais de conexão e afeto.

A coordenadora da Casa, Adriana Simões, destaca o significado por trás dessa iniciativa: “A cultura árabe tem muito a nos ensinar sobre generosidade e união. Ao convidar a comunidade para este almoço, queremos espalhar gentileza e fortalecer os laços humanos. É um convite para que cada pessoa participe dessa corrente de solidariedade.”

Grande parte do sucesso do evento se deve à atuação dos “Cozinheiros do Bem”, grupo formado por voluntários apaixonados pela causa. Um dos destaques da equipe é Eder Trevisan, que atua há mais de três décadas como voluntário, e ajuda a garantir que tudo seja feito com atenção e zelo.
“Cozinhar pra Casa da Criança é uma benção, é uma dádiva, é um prazer. A obra iniciada por Anélio Zanuchi é muito grande e o que nós fazemos é uma forma de complementar aquilo que ele fez. A nossa vontade é de fazer sempre um almoço cada vez melhor para que, quem consome, quem compra, quem ajuda, tenha uma excelente refeição, neste caso, uma excelente comida árabe”, destaca Eder.

A proposta é comercializar 300 pratos, e toda a renda arrecadada será revertida para os três programas sociais mantidos pela Casa da Criança, beneficiando diretamente inúmeras crianças e adolescentes atendidos pela instituição.

As reservas já estão abertas, e o almoço será retirado no sistema drive-thru, no dia 26 de outubro, das 12h às 14h, na sede da instituição: Rua Campos Salles, 2.188 – Jardim América II – Valinhos-SP. O valor do prato, que serve duas pessoas, é de R$ 90.

Garanta já a sua participação nesta ação transformadora!
Pedidos podem ser feitos pelo telefone (19) 3871-0546, via WhatsApp no número (19) 99576-6257, ou diretamente pelo site: https://loja.casadacriancadevalinhos.org.br

Leia mais

Visite nossa Loja Solidária no Shopping Valinhos

Agora localizada no segundo piso do Shopping Valinhos, a Loja Solidária é uma iniciativa inspiradora que começou por uma articulação com o FEAV (Fórum das Entidades Assistenciais de Valinhos). Hoje a loja reúne o Grupo Margaridas, voluntárias da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos, e o Grupo de Amigas Voluntárias de Valinhos (GAVV).

O principal objetivo da Loja Solidária é angariar fundos para projetos que beneficiam pessoas em situação de vulnerabilidade social, principalmente crianças, adolescentes e idosos através das entidades assistenciais de Valinhos. Além disso, ela também tem um papel fundamental na divulgação do trabalho voluntário desenvolvido na cidade.

Inaugurada em dezembro de 2020, a loja nasceu com o propósito de transformar talento e solidariedade em oportunidades reais para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Com peças artesanais feitas à mão pelas voluntárias, toda a renda obtida com as vendas é revertida para diversas instituições beneficentes de Valinhos.

Atualmente, o grupo Margaridas conta com 14 voluntárias dedicadas à confecção das peças artesanais e outras cinco que se revezam na loja em turnos semanais. O perfil das voluntárias é bastante variado, a maioria é composta por mulheres aposentadas de diferentes profissões que encontraram no voluntariado uma forma de contribuir ativamente para a comunidade. Já o GAVV possui 15 voluntárias, sendo que 90% são professoras aposentadas.

Com os recursos obtidos nas vendas, o Grupo Margaridas já viabilizou atividades muito significativas para as crianças e adolescentes acolhidos. Durante as férias de julho deste ano, foi organizado um acampamento, sendo este momento marcante para todos. O grupo também apoia as festas comemorativas promovidas pelo projeto Janela Aberta e, mais recentemente, passou a direcionar recursos para a capacitação profissional dos adolescentes e aulas de natação para as crianças.

O GAVV também já proporcionou momentos marcantes aos assistidos como, por exemplo, a festa de Dia das Crianças dos refugiados, com histórias comoventes de crianças órfãs, que mesmo diante das adversidades que apostavam na fé em busca de dias melhores, sempre com o apoio incessantes das voluntárias. Além do auxílio em várias entidades assistenciais, como ACES, Recanto dos Velhinhos, Cohcric, Acesa, Apae, Casa da Criança e dos Adolescente, Rosa e Amor, Espaço da Criança, e também ajuda às crianças das comunidades carentes dos bairros São Marcos, Biquinha, São Bento, Boa Esperança, entre outros.

A Loja Solidária funciona de terça a sexta-feira, das 13h às 20h, e aos sábados, das 13h30 às 18h. A comunidade participa ativamente, seja por meio da compra dos produtos, doações ou mesmo se envolvendo no trabalho voluntário. Esse apoio contínuo é essencial para a manutenção da iniciativa e reforça o espírito solidário que sustenta o projeto.

“A motivação das voluntárias do Grupo Margaridas vai além da ajuda às crianças. O sentimento de pertencimento, o trabalho em equipe e a amizade entre pessoas que compartilham valores e preocupações sociais semelhantes fortalecem o compromisso de seguir em frente com o projeto”, afirma Sônia Juliatto, engenheira agrônoma aposentada e voluntária há sete anos na Casa da Criança.

Para Ana Carolina Evangelista Verucci, administradora de empresa e que há 12 anos voluntária do GAVV, “este trabalho serve como uma terapia, pois estamos entre amigas, trocamos ideias e produzimos. Com certeza ajudar o próximo nos faz muito bem. Ver as pessoas felizes é nosso combustível diário.”

A existência da Loja Solidária só é possível graças ao apoio do Shopping Valinhos, que viabiliza o espaço para a instalação da loja. Esse gesto é fundamental para que o projeto tenha visibilidade e acesso ao público, permitindo que mais pessoas conheçam, apoiem e se inspirem nessa corrente de solidariedade que transforma vidas.

Leia mais

Cuidado, sensibilidade e apoio emocional no desacolhimento familiar

O desacolhimento familiar é um momento marcante dentro do Serviço de Acolhimento Familiar da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos. Ele ocorre quando a criança, após um período sendo cuidada por uma família acolhedora, retorna ao convívio da família de origem ou é adotada por uma nova família definitiva. Esse processo representa o encerramento de um ciclo importante na vida da criança e da família acolhedora, sendo uma etapa natural e esperada dentro do acolhimento. É um momento de transição que exige cuidado, sensibilidade e apoio emocional.

A equipe do serviço de acolhimento familiar da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos realizou um encontro especial com uma família acolhedora para celebrar o encerramento de mais um ciclo de acolhimento. A criança em questão está em processo de adoção, o que marca uma nova fase em sua trajetória. Os responsáveis do Serviço relatam que para a acolhida, trata-se de um momento muito especial, repleto de esperança e novos começos. Já para a família acolhedora, é hora de se despedir, com o coração cheio de amor, por ter cumprido sua missão de forma acolhedora, afetiva e responsável.

A família acolhedora tem um papel fundamental no processo em que atua com a criança. A instituição registra que além de oferecer um lar temporário, a família acolhedora proporciona afeto, segurança e estabilidade emocional enquanto a situação da criança é avaliada e encaminhada pela rede de proteção. É graças a esse cuidado que a criança pode seguir adiante mais fortalecida, com vínculos saudáveis e com mais chances de se desenvolver plenamente em sua nova realidade familiar. A presença dessas famílias é, portanto, essencial para que o acolhimento cumpra seu papel humanizado e protetivo.

Casados há 13 anos, Camila e Renato Barbati têm uma filha, Luíza, de 5 anos, e estão há 9 anos no Serviço de Acolhimento Familiar. Ambos estão em processo de conclusão do quinto acolhimento. “Temos o acolhimento familiar como uma missão, na qual aprendemos muito com cada criança e história que chega para nós. Ser o guarda-chuva no momento de tempestade, é um privilégio que temos, poder proporcionar a uma criança esse convívio em família durante essa tempestade nos faz redefinir o amor incondicional”, avalia Camila.

Também apontam que é necessário cuidar dos sentimentos que ficam nas famílias acolhedoras após o desacolhimento. A despedida de uma criança que esteve sob seus cuidados por semanas ou meses pode trazer uma mistura de emoções: alegria pela conquista da criança, tristeza pela separação, saudade e até sensação de vazio. No entanto, a equipe do Serviço garante que as memórias afetivas serão perpetuadas positivamente.

“A parte mais difícil é o desacolhimento, o momento de ir embora. Mesmo sabendo desde o início que um dia essa criança terá sua situação resolvida, e que essa separação é iminente, é um desafio muito grande. O que conforta nosso coração é saber que enviaremos uma criança em uma situação melhor do que quando ela chegou. Saber que ela levará consigo um pouquinho de nós, de nossos valores e princípios, e até mesmo manias, e de igual forma, sempre fica um pedacinho dela conosco, há uma grande troca durante o processo. Isso tudo nos proporciona o sentimento de dever cumprido”, ressalta Camila. “Este desacolhimento está sendo um sonho para toda a família acolhedora”, acrescenta Renato Barbati.

Por isso, o Serviço de Acolhimento Familiar se compromete não apenas com o bem-estar das crianças, mas também com o cuidado emocional das famílias que as acolhem. Cuidar de quem cuida é parte indispensável do trabalho. “Compreendo que faz parte do nosso trabalho cuidar das famílias acolhedoras, proporcionar momentos em que elas possam se fortalecer para passar pela etapa em que uma criança vai embora. A família precisa se sentir amparada e cuidada para que, posteriormente, possa acolher outras crianças. Cuidar do coletivo de Famílias Acolhedoras é possibilitar que o Serviço siga pronto para receber novas crianças. É possibilitar momentos de trocas e afetos”, destaca Camila Forster, coordenadora do Serviço de Acolhimento Familiar da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos.

Esses encontros de despedida, como o realizado recentemente, são momentos de celebrar a jornada vivida, agradecer à família acolhedora e fortalecer os laços entre todos os envolvidos. São ocasiões marcadas pelo afeto, pela empatia e pela certeza de que uma rede de cuidado está funcionando em benefício da criança. A parceria entre a equipe técnica e as famílias acolhedoras é o que torna possível um acolhimento cheio de amor, respeito e dignidade, sempre com o objetivo de garantir às crianças o direito de crescer em uma família, com segurança e afeto.

Leia mais

Setembro Amarelo no Janela Aberta valoriza vidas e sentimentos

A campanha Setembro Amarelo tem destaque na programação da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos. Com o tema “Valorizando Vidas”, foram realizadas diversas atividades com os inscritos no Projeto Janela Aberta, reforçando a importância da saúde mental, do autocuidado e da valorização da vida.

A instituição informa que a primeira ação foi uma roda de conversa sobre o significado do Setembro Amarelo, o amor próprio e o respeito à vida. Educadores reforçaram a importância da escuta e do acolhimento, e os participantes compartilharam experiências e reflexões sobre saúde mental, muitas vezes relatando dificuldades enfrentadas por colegas que não têm espaços de expressão como o proporcionado pelo projeto.

Outra atividade, relatada pela equipe do Janela Aberta, incentivou os jovens a refletirem sobre autocuidado e autoestima, por meio de frases inspiradoras como: “Auto cuidado não é egoísmo”, “Você é o personagem principal de sua história e não é coadjuvante na vida de ninguém”, “Permita-se mudar de opinião”, “Crescer é também evoluir suas ideias”, “Sua opinião sobre você mesmo vale mais do que a opinião alheia”, “Amizade de verdade recarrega suas energias”, “Avalie seus ciclos”, “Hoje é um bom dia para ser gentil, principalmente com você mesmo”, entre outras tantas. Após escolherem frases com as quais se identificavam, os participantes falaram sobre seus sentimentos e desafios pessoais.

“Surgiram muitas questões, principalmente entre os adolescentes, de como eles se cobram com a própria imagem, quanto eles têm dificuldade em errar e de ser vulnerável ao outro e quanto eles não são gentis com eles mesmos. Foi muito interessante essa atividade porque eles conseguiram fortalecer a própria imagem e dos colegas também”, explica Maria Caroline das Merces Santos, psicóloga da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos.

Na atividade Mapa dos Sentimentos, os participantes identificaram e registraram emoções recentes, como alegria, tristeza, raiva, medo ou orgulho, colando esses sentimentos em círculos desenhados por eles para que pudessem dialogar sobre isso, compartilhando experiências. “Essa atividade buscou estimular o reconhecimento e a nomeação das emoções trazendo empatia, comunicação e reflexão sobre formas saudáveis de lidar com estas situações”, avalia Maria.

Também foram exibidos os filmes “Divertidamente 1 e 2”, seguidos de atividades com o livro “Hoje me sinto”. As crianças e adolescentes criaram artes digitais para expressar seus sentimentos do dia, exercitando a criatividade, o trabalho em equipe e a comunicação emocional.

Por fim, a atividade “Expressão dos Sentimentos através dos Ipês” conectou natureza e emoções. Cada participante escolheu uma cor de Ipê (representando um sentimento) e o pintou com tinta guache, explicando a mensagem por trás da escolha. “A ideia é mostrar que, assim como o Ipê floresce mesmo em tempos difíceis, nós também podemos florescer”, conclui a psicóloga.

Leia mais

Casa da Criança promove a Festa da Cultura com o tema “Amazônia”

No próximo dia 6 de setembro, das 9h às 12h, a Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos realiza mais uma edição da Festa da Cultura, evento tradicional do Projeto Janela Aberta. Este ano, o tema escolhido é “Amazônia”, com uma programação rica em arte, música, conhecimento e reflexão sobre a importância desse bioma essencial para o planeta.

Durante a festa, haverá uma exposição de cartazes e pinturas produzidos pelas crianças e adolescentes da instituição. As obras retratam a biodiversidade da floresta, com destaque para seus animais, paisagens e a cultura indígena, além de alertarem sobre os impactos ambientais causados pelo garimpo ilegal e outras atividades predatórias. Uma das peças centrais da mostra será a representação de um “pulmão” recheado de imagens de animais da Amazônia, simbolizando seu papel como “pulmão do mundo”. A exposição também destaca espécies ameaçadas de extinção.

A programação cultural contará ainda com uma apresentação musical inspirada na canção “Baianá”, do grupo Barbatuques, conhecido por fazer percussão corporal. As crianças irão se apresentar com máscaras com penas, simbolizando os povos originários, enquanto os adolescentes farão a percussão com o próprio corpo, criando ritmos e movimentos que evocam a energia e a ancestralidade da floresta.

Outro destaque esperado será o café da manhã temático, com delícias típicas da região amazônica, como coco seco, bolo de mandioca e suco de açaí, oferecidos às crianças e adolescentes. A proposta é criar uma imersão sensorial, valorizando os sabores da Amazônia.

Para encerrar a manhã, haverá a contação de histórias com a Tati da Kombi, trazendo narrativas ligadas à floresta e à cultura indígena. A atividade contará com a presença especial da indígena Nikita, que compartilhará vivências e apresentará instrumentos tradicionais de sua tribo, promovendo uma conexão direta com as raízes e tradições dos povos originários.

Para Maria Caroline das Merces Santos, psicóloga da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos, “atividades como essas proporcionam às crianças e adolescentes uma reflexão crítica e implicada com as questões ambientais, além de convocar o conhecimento de outras culturas, o que permite que eles expandam as informações que têm dessa população, seus costumes e prática. Muito comum depois dessas atividades eles normalizarem falar de algo que é distinto da sua realidade, então isso ajuda na desconstrução de preconceitos.”.

A Festa da Cultura é aberta à comunidade e aos parceiros da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos, reforçando a missão da instituição de promover educação, cultura e consciência ambiental entre crianças e jovens por meio de experiências significativas e transformadoras.

Leia mais

A força da comunidade valinhense na trajetória da Casa da Criança

Há mais de 30 anos, a Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos transforma vidas, oferecendo acolhimento, educação e oportunidades para centenas de crianças e adolescentes. A instituição relata que essa história de dedicação e impacto social não seria possível sem o apoio fundamental da comunidade. Mais do que contribuir financeiramente, moradores, empresas, voluntários e parceiros fazem parte ativa dessa rede de solidariedade, que sustenta a instituição e impulsiona seus projetos.

A participação da comunidade vai além das doações. A adesão a eventos como o tradicional Jantar Noite do Bem Bom, as feijoadas solidárias, os chás beneficentes e a venda de panetones mostram como a população de Valinhos abraça a causa com envolvimento e carinho. A equipe da Casa informa que esses eventos são formas de arrecadação: são encontros de apoio mútuo, onde o vínculo entre a Casa e a sociedade se fortalece.

“Não é só em recurso financeiro. Temos a participação dos voluntários que fazem toda a diferença e que proporcionam momentos especiais para as crianças, em especial as que estão no acolhimento institucional. Temos também as famílias acolhedoras, que recebem as nossas crianças em suas casas e a gente tem o grupo de voluntários que faz as atividades para as crianças nos finais de semana, o apadrinhamento afetivo, que é uma outra proposta”, destaca Adriana Simões, coordenadora da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos.

No coração desse trabalho está o Terceiro Setor, composto por organizações da sociedade civil que atuam em áreas que o poder público, sozinho, não consegue alcançar plenamente. Mesmo contando com convênios públicos, é a participação ativa da sociedade que garante a continuidade e o crescimento das ações. A Casa é um exemplo vivo de como o Terceiro Setor só existe de fato quando há envolvimento comunitário real e constante.

Outro ponto de destaque é o crescimento do voluntariado corporativo. Empresas têm incentivado seus colaboradores a se envolverem diretamente com a instituição, seja em ações pontuais ou em projetos contínuos. A coordenação salienta que essa aproximação fortalece a imagem social das empresas e cria um elo positivo entre o setor privado e a transformação social, abrindo portas para novas parcerias e iniciativas.

A Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos é resultado de fruto do esforço coletivo. Seu trabalho diário é alimentado por cada gesto de solidariedade de quem doa tempo, recursos ou simplesmente acredita que investir em crianças e adolescentes é construir um futuro mais justo e humano. E é essa comunidade engajada que permite que a Casa continue sua missão, por muitos anos mais.

Leia mais

Casa da Criança participa de evento sobre acolhimento familiar

Representantes do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos participaram na segunda semana de agosto do evento “Acolhimento Familiar: Fortalecendo Laços, Construindo Futuros”, promovido pelo Conselho Nacional do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios, voltado à divulgação e ao fortalecimento dessa modalidade de acolhimento. A iniciativa reuniu autoridades, representantes do Conselho Nacional de Assistência Social e profissionais de diferentes regiões que atuam na execução do serviço em todo o país.     

Durante as sessões, foram tratados os temas e os avanços do acolhimento familiar como marco político. Houve forte preocupação com a necessidade de uma mobilização social incessante para engajar novas famílias na política de acolhimento como uma estrutura de política pública.

Os participantes destacaram que proporcionar relações familiares a crianças e adolescentes no contexto de sua vulnerabilidade e fornecer-lhes cuidado resulta em um desenvolvimento saudável. O vínculo amoroso que se constrói dentro dessa situação é citado como um dos fatores mais cruciais no desenvolvimento emocional e social do indivíduo.

A professora Ana Lucia Campos, especialista em neurodesenvolvimento, ressaltou a importância do ambiente familiar para o crescimento saudável. Segundo ela, “é preciso o diálogo, o sentir o afeto e permitir o movimento. Alterações na conectividade impactam diretamente o caminho da criança”. Ela também alertou para a resistência de algumas famílias em aderir ao serviço: “As famílias não podem ter medo de acolher. Quando compreendem a importância do apego seguro e das conexões no desenvolvimento cognitivo e emocional, entendem também o valor de abrir espaço em suas casas para acolher.”

Entre os principais entraves à ampliação do serviço, foram apontadas questões orçamentárias e culturais. Foi apontado o estranhamento ainda existente em relação à prática do acolhimento familiar, indicando a necessidade de aproximação entre a política pública e a comunidade.

Camila Forster, coordenadora do Serviço de Acolhimento Familiar da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos, comentou sobre os obstáculos enfrentados. “Ainda encontramos resistência e muitos mitos sobre as crianças acolhidas, o que acaba afastando possíveis famílias. Precisamos lembrar que são crianças que, apesar das violências sofridas, carregam potencial de vida. A questão do apego costuma ser uma barreira: como cuidar e depois deixar ir? Mas quando priorizamos a criança e sua trajetória, conseguimos compreender a importância de ela estar inserida em um ambiente familiar”, afirmou.

Camila também destacou a relevância da participação no evento como parte do processo contínuo de capacitação da equipe, com foco no aprimoramento da prática e no fortalecimento do serviço oferecido em Valinhos.

Leia mais

Janela Aberta promove ações de conscientização no Agosto Lilás

A Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos, por meio do projeto Janela Aberta, preparou uma programação especial para o mês de agosto com foco na campanha Agosto Lilás, dedicada à conscientização e combate à violência contra a mulher.

Entre as atividades realizadas, destaca-se o “Laço Lilás da Paz”, uma proposta lúdica e educativa que visa sensibilizar crianças e adolescentes sobre a importância de reconhecer situações de violência doméstica e buscar ajuda. A atividade foi cuidadosamente adaptada para cada faixa etária. As crianças, por exemplo, conheceram a história contida no livro “Malala e Seu Lápis Mágico” e participaram de rodas de conversa sobre igualdade e respeito. Já os participantes de outras faixas etárias produziram cartazes e panfletos abordando o Disque 180, canal de denúncia e apoio às vítimas, que serão distribuídos em pontos de ônibus e estabelecimentos próximos à instituição, ampliando a conscientização na comunidade.

Maria Caroline das Merces Santos, psicóloga da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos, destaca a importância dessas atividades junto a crianças e adolescentes. “Dentro dessa proposta do Laço Lilás da Paz, o objetivo foi conscientizar as crianças e adolescentes sobre a violência contra a mulher pra que possam aprender a identificar essas situações de risco e pedir ajuda se necessário”, avalia a psicóloga da instituição.

O que é o Agosto Lilás?

O Agosto Lilás é uma campanha nacional de enfrentamento à violência contra a mulher, instituída em referência à Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 7 de agosto de 2006. Durante todo o mês, diversas ações são promovidas por instituições públicas e privadas com o objetivo de informar, sensibilizar e mobilizar a sociedade para a prevenção da violência doméstica e familiar.

A cor lilás foi escolhida como símbolo da luta pelo fim da violência contra a mulher e da busca por igualdade de gênero. A campanha também destaca canais de denúncia, como o Disque 180, e reforça a importância do acolhimento, da escuta e da proteção às vítimas, além de fomentar a educação como ferramenta fundamental para a transformação social.

Programação diversificada

A programação de agosto também inclui ações em alusão a outras datas importantes. No dia 9 de agosto, em celebração ao Dia Internacional dos Povos Indígenas, os participantes mergulham no universo das culturas originárias, com oficinas para confecção de objetos e instrumentos musicais tradicionais das tribos brasileiras, promovendo respeito e valorização da diversidade cultural.

No Dia do Estudante (11/08) e Dia Internacional da Juventude (12/08), as atividades giram em torno do projeto “Eu Tenho Direitos”, que propõe reflexões sobre o que é ser jovem e viver a infância nos dias atuais. Com desenhos, colagens e diálogos, crianças e adolescentes ilustram seus direitos e deveres. A proposta culmina na criação de uma peça teatral com fantoches, desenvolvida pelos adolescentes, abordando temas como acesso à educação, respeito, direitos violados e o empoderamento da juventude.

O mês se encerra com atividades em comemoração ao Dia da Infância (24/08), reforçando os princípios de proteção integral, desenvolvimento saudável e participação das crianças na construção de uma sociedade mais justa.

Com uma programação rica e diversificada, o Projeto Janela Aberta reafirma seu compromisso em promover o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes, fortalecendo vínculos, estimulando a consciência cidadã e incentivando o protagonismo juvenil.

Leia mais

Casa da Criança retoma as atividades escolares

Com o fim das férias escolares, a rotina volta a ficar mais intensa na Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos. Para os acolhidos, o retorno às aulas marca mais do que a retomada dos estudos: é momento de reencontrar colegas, compartilhar experiências vividas nas férias e fortalecer os vínculos com a escola.

A preparação para o segundo semestre começa dias antes do reinício do calendário oficial escolar. Com o apoio dos educadores, as crianças e adolescentes organizam materiais escolares e uniformes, em um processo conduzido com cuidado e atenção. Um dos momentos mais significativos é a roda de conversa, onde cada um pode expressar seus sentimentos sobre a volta às aulas, sejam eles de empolgação ou insegurança.

Para a instituição, essa escuta é ainda mais essencial em um período de transição que pode gerar desafios emocionais. “O retorno às atividades pode gerar ansiedade e desafios emocionais significativos. Trata-se de um momento de reestruturação emocional, social e cognitiva, onde a criança precisa reajustar seus ritmos biológicos, reconectar-se com colegas e professores, e readaptar-se às demandas acadêmicas”, explica o psicólogo Gabriel Vieira.

A equipe técnica da Casa da Criança informa que durante as férias, muitas crianças desenvolvem novos hábitos de sono, alimentação e lazer. Ao voltar à rotina escolar, sentimentos como ansiedade, resistência ou tristeza são naturais. Para o psicólogo, é fundamental que educadores, cuidadores e demais adultos estejam atentos e validem essas emoções, oferecendo suporte emocional adequado.

A retomada dos estudos também inclui planejamento. Educadores e acolhidos montam juntos uma escala de horários para as tarefas escolares. Todos os dias há um período reservado para lições de casa e revisão de conteúdos, com acompanhamento individualizado sempre que necessário.

“No nosso serviço de acolhimento, a educação é um pilar fundamental e a vemos como a ponte para a construção de sonhos e um futuro promissor”, afirma Rose Olanda, supervisora do Acolhimento Institucional.

Segundo Gabriel Vieira, esse cuidado é ainda mais necessário para crianças em situação de acolhimento institucional. “O retorno às aulas pode ser ainda mais complexo, pois elas frequentemente lidam com a instabilidade de vínculos e a ausência de um ambiente familiar estável. Nesses casos, a escola assume um papel crucial como espaço de socialização, desenvolvimento e construção de identidade.” Por isso, a comunicação entre a equipe da Casa e os profissionais da escola é essencial para garantir um acompanhamento mais personalizado e sensível.

Com um olhar atento às vivências de cada adolescente, muitos deles com passagens escolares marcadas por desafios, o trabalho busca resgatar a confiança e abrir novos horizontes. A proposta é fortalecer a autoestima, incentivar a descoberta de talentos e reforçar o papel da educação como instrumento de transformação social.

“Acreditamos firmemente que, ao investir na educação e no desenvolvimento de cada adolescente, estamos plantando sementes para um futuro com mais oportunidades e a plena realização de seus sonhos. Trata-se de mais que um retorno às aulas, o que se vive na Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos é a construção diária de um ambiente em que cada criança e adolescente pode sonhar e acreditar em um futuro melhor”, completa Rose.

Leia mais

Família Acolhedora realiza encontro especial com crianças e famílias do serviço de acolhimento

O Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos, promoveu recentemente mais uma edição do Grupo de Crianças, uma atividade especialmente planejada para proporcionar momentos de integração, afeto e diversão às crianças acolhidas.

O encontro teve como principal objetivo oferecer um espaço seguro e acolhedor onde as crianças pudessem brincar, expressar sentimentos e, principalmente, se reconhecer em histórias semelhantes às suas. Por meio de atividades lúdicas, o grupo estimula a construção de vínculos e a elaboração emocional das experiências vividas pelas crianças durante o processo de acolhimento.

Este ano, o grupo contou com a participação especial de algumas famílias acolhedoras, que contribuíram para uma etapa importante da construção do álbum “Fazendo Minha História”, uma ferramenta fundamental no processo de acolhimento. A presença das famílias fortaleceu os laços afetivos e ampliou o sentimento de pertencimento e cuidado, essenciais para o desenvolvimento emocional das crianças.

A atividade foi conduzida de forma leve e divertida, tornando-se um momento significativo para ser guardado na memória das crianças, e também dos adultos envolvidos.

“O álbum Fazendo Minha História é uma ferramenta metodológica muito especial, pois é um momento de conexão entre acolhido e Família Acolhedora, um momento no qual a criança coloca no concreto sua história, registrando aquilo que faz sentido para ela”, avalia Camila Forster, psicóloga social da Casa da Criança. “Ser família acolhedora é ter esperança, é mudar histórias”, acrescenta uma das famílias presentes no encontro.

O que é o álbum “Fazendo Minha História”?

O álbum “Fazendo Minha História” é uma ferramenta terapêutica e pedagógica utilizada tanto no serviço de acolhimento familiar quanto no institucional, com o objetivo de ajudar crianças e adolescentes a reconstruírem sua narrativa de vida durante o período em que estão afastadas de suas famílias de origem.

Ao longo do acolhimento, o álbum é construído com a criança, reunindo registros de momentos importantes, fotografias, desenhos, relatos e memórias significativas. Mais do que um simples álbum de recordações, ele serve como instrumento para a valorização da identidade da criança, permitindo que ela compreenda melhor sua trajetória e fortaleça sua autoestima.

Essa ferramenta faz parte da metodologia desenvolvida pelo Instituto Fazendo História e é amplamente utilizada em serviços de acolhimento em todo o Brasil. No caso da Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos, o álbum integra as ações do programa Família Acolhedora, sendo trabalhado com o apoio das famílias acolhedoras e da equipe técnica do serviço.

Leia mais